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Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem. ( I te. 5: 19,20,21 - BIBLIA)





O Nome do Altíssimo e as traduções

Quem subiu aos céus e desceu?
Quem cerrou os ventos nos Seus punhos?
Quem atou as águas nas Suas vestes?
Quem estabeleceu todos os limites da terra?
Qual é o Seu Nome e qual é o Nome de Seu Filho?
Dize-me, se é que o sabes! - Provérbios 30:4

Surpreendentemente, a maioria das centenas de milhões de membros das religiões da cristandade, mesmo os mais familiarizados com as escrituras, provavelmente acharia difícil responder a essas perguntas.

Muitas Bíblias modernas não contêm o Nome do Pai, e ele é raramente usado nas igrejas. Assim, longe de ser santificado, ele se tornou desconhecido para milhões de leitores da Bíblia. Como exemplo de como os tradutores bíblicos consideram o nome do Altíssimo, veja apenas um versículo em que ele ocorre: Tehilim (Salmos) 83:18. Este texto é traduzido da seguinte maneira, em quatro versões bíblicas diferentes:

"E reconhecerão que só tu, cujo nome é SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra". (Almeida atualizada, de 1964)

"Saibam que só vós chamais Deus. Vós sois o único Altíssimo sobre toda a terra". (Missionários Capuchinhos, católica, de 1982)

"Saberão assim que só tu tens o nome de Iahweh, és o Altíssimo sobre a terra inteira"! (A Bíblia de Jerusalém, católica, de 1981)

"Para que saibas que só tu, cujo nome é Jehovah, és o Altíssimo sobre toda a terra". (Versão Brasileira, de 1947)

Por que o Nome do Altíssimo aparece de maneira tão diferente nessas versões? É o Nome d´Ele SENHOR, Deus, Yahweh ou Jehovah? Ou são todos eles aceitáveis? Ou estão todos errados?

Para responder a estas perguntas, temos de nos lembrar que a Bíblia não foi originalmente escrita em português. Os escritores bíblicos eram hebreus, e na maior parte escreveram no idioma hebraico de seus dias. A maioria do povo não fala essa língua antiga. Mas a Bíblia tem sido traduzida em numerosos idiomas modernos, e essas traduções estão disponíveis se desejarmos ler as Escrituras Sagradas.

A maioria dos tradutores da Bíblia, sem dúvida, respeitam a Bíblia e sinceramente desejam torná-la compreensível nesta era moderna. Mas os tradutores não são inspirados. Também, a maioria deles tem fortes opiniões sobre assuntos religiosos e podem ser influenciados por idéias e preferências pessoais. (Exemplo: O povo africano é muito voltado às religiões, e a idéia de um ser supremo, espíritos e divindades, foi desenvolvida muito antes da chegada de missionários protestantes, em 1842. Particularmente entre os povos IORUBÁS, a idéia de um ser supremo já era bastante estruturada, a seu modo.

O nome usado para este ser supremo deles é OLORUM. Este nome não é somente usado nas religiões africanas, mas, infelizmente, também é usado entre os próprios missionários. O interessante é notar que quando a Bíblia estava sendo traduzida para a língua Iorubá, o nome escolhido para o Altíssimo foi "Olorum", isto é, o nome usado pelo povo para referir-se ao ser supremo de sua antiga crença, não o Nome Verdadeiro do Altíssimo. Este ídolo é considerado transcendente e se comunica com o povo através dos "ORIXÁS". Duas coisas se nota aqui facilmente: uma é o descaso e irresponsabilidade com o conteúdo das Sagradas Escrituras; outro é o descaso e total desconhecimento da importância que o Altíssimo dá ao Seu Nome.

Outro exemplo a ser considerado é o nome original do livro de "Tiago", "James" em Inglês e "YAOHUcaf" em Hebraico, cujo nome mais próximo, em inglês, é "Jacob", e não "James". Esta foi uma maneira encontrada pelos tradutores para homenagear o rei James da Inglaterra, que financiou o trabalho de tradução. Além disso, a prima da abençoada virgem Maria recebeu o nome traduzido de "Elizabeth" para homenagear a realeza inglesa.

Honestamente, você acredita que naqueles dias do nascimento do Messias, homens hebreus se chamassem "James"? Francamente, não precisamos ser profundos conhecedores da Bíblia para dar esta resposta. Apenas bom senso fará concluir que isto é uma adulteração! Os tradutores podem também cometer erros ou enganos humanos de critério. Assim, temos o direito de fazer algumas perguntas importantes: Qual é o verdadeiro Nome do Altíssimo? E, por que diferentes traduções bíblicas trazem diferentes nomes para o Pai?

Por que é tão importante a santificação do Nome do Altíssimo?

O Nome do Altíssimo e os tradutores da Bíblia

Logo cedo, no segundo século, após a morte do último dos apóstolos, o desvio da fé, predito pelo Messias e seus seguidores, começou para valer. Filosofias e doutrinas pagãs infiltraram-se na congregação; surgiram seitas e divisões e a pureza original da fé foi abandonada por muitos. E o Nome do Altíssimo deixou de ser usado, por muitos.

À medida que esse cristianismo apóstata se alastrava, surgiu a necessidade de traduzir a Bíblia dos originais hebraicos e grego para outras línguas. Como é que os autores verteram o nome do Altíssimo em suas traduções? Em geral, usaram o equivalente de "SENHOR". Uma versão muito influente daquela época foi a Vulgata latina, tradução da Bíblia feita por Jerônimo para o latim cotidiano. Jerônimo verteu o Tetragrama (YHWH) substituindo-o por "Dominus", SENHOR.

Posteriormente, novas línguas, como o francês, o inglês e o espanhol começaram a surgir na Europa. Contudo, a Igreja Católica desestimulou a tradução da Bíblia para essas novas línguas. Assim, ao passo que os Yaohudim (judeus), que usavam a Bíblia no idioma hebraico original, recusavam-se a pronunciar o Nome do Altíssimo ao se deparar com ele, a maioria dos "cristãos" ouvia a Bíblia ser lida em traduções em latim que não usavam o Nome.

Com o tempo, passou a haver tentativas para a restauração do Nome do Altíssimo, que voltou a ser usado erroneamente nas seguintes formas:

Em 1278 ele apareceu em latim na obra "Pugio Fidel", de Raimundo Martini, monge espanhol. Raimundo Martini usou a forma "Yohoua". Logo depois, em 1303, Porchetus de Salvaticis terminou uma obra entitulada "Victoria Porcheti Adversus Ímpios Herbáceos". Nesta, ele também mencionou o Nome do Altíssimo erroneamente, escrevendo-o nas formas variadas de "IOHOUAH", "IOHOUA" e "IHOUAH". Daí, em 1518, Pedro Galantino publicou uma obra entitulada "De arcanis católica veritatis" na qual escreveu assim o Nome do Altíssimo: "IEHOUA", obviamente também errado.

O nome apareceu pela primeira vez numa Bíblia em inglês em 1530, quando William Tyndale publicou uma tradução dos primeiros cinco livros da Bíblia. Nesta, erradamente ele usou o nome do Altíssimo, geralmente escrito "Yehouah", em vários versículos, e numa nota nessa edição ele escreveu: "Yehovah é o nome de Deus. Ademais, cada vez que encontrardes SENHOR com letras maiúsculas (a menos que haja algum erro na impressão) é em hebraico Yehovah". Daí surgiu o costume imprudente e errado de usar o nome Yehovah em alguns versículos e, mais, escrever "SENHOR" ou "DEUS" na maioria dos outros lugares onde ocorre o Tetragrama no texto hebraico.

Em 1611 publicou-se o que se tornou a mais amplamente usada tradução em inglês, a Versão Autorizada. Nesta, o Nome consta erradamente quatro vezes no texto principal. (Êxodo 6:3; Tehillim 83:18 (Salmos); YaoshuaYAOHU 12:2; 26:4 (Is)). "Jah" (Escreve-se YAO), abreviatura poética do Nome, aparece no Tehillim 68:4 (Salmos). E nomes errados aparecem associados a títulos errados como "Jeova-Jiré" (correto é YAOHU YAOROEH). (Bereshit 22:14 (Gn); Juizes 6:24). Contudo, seguindo o exemplo de Tyndale, os tradutores na maioria dos casos substituíram o Nome do Altíssimo pelos títulos blásfemos e espúrios "SENHOR" ou "DEUS". Mas, se o que eles supunham ser o Nome do Altíssimo podia aparecer em quatro versículos, por que não em todos os outros milhares de versículos (cerca de 7000 ocorrências) que o contêm no hebraico original?

A versão Matos Soares, 8ª edição em português, tem a seguinte nota ao pé da página sobre Êxodo 6:3 : "O texto hebreu diz: O meu Nome Javé ou Jeová". Também, uma nota ao pé da página sobre Êxodo 3:14, na versão Figueiredo Barsa, diz: "Aquele que é: em hebraico: YHWH, que deve ser pronunciado Javé, ficou sendo o nome próprio de Deus..." No entanto, ambas as versões usam "SENHOR", ou "ADONAI", "JEOVÁ" ou "YAHWEH"

No século seguinte, os tradutores bíblicos seguiram numa de duas direções. Alguns evitaram totalmente o uso do Nome do Altíssimo, ao passo que outros usaram-no extensivamente, quer na forma errônea Jeová, quer na forma igualmente errônea Javé ou Yahweh, sem se importarem com isso.

Por que os tradutores o deixaram fora ?

A tradução católica do Pontífico Instituto Bíblico, de Roma, (1967), nos seus comentários introdutórios sobre o Pentateuco, diz: "Para exprimir a idéia de Deus, a língua hebraica dispõe de muitos termos. O mais frequente 1.440 vezes no Pentateuco, mais de 6.800 em toda a Bíblia é Javé (ou Jeová, segundo uma pseudo pronúncia introduzida entre os séculos XVI e XIX), nome próprio, pessoal. Todo leitor pode, por si, verificar o fato também nesta nossa versão, pois Deus corresponde constantemente a Elohim, e o Senhor a Javé". Ao ler isso, surge imediatamente a pergunta: Se o Nome do Altíssimo é usado mais de 6.800 vezes em toda a Escritura Original, conforme explicitamente declarado, por que os tradutores dessa Bíblia não usam coerentemente um destes nomes em todas as ocorrências, segundo eles crêem, em sua tradução? Por que em tantos lugares usam meramente outro termo, "o Senhor", para corresponder, como dizem, a Javé, e assim alterar o sabor do texto hebraico original?

Note que, mais adiante estaremos mostrando as razões pelas quais as supostas pronúncias "Jeová", "Javé" ou "Yahweh" são errôneas. No momento o objetivo é ressaltar a incoerência dos tradutores com relação ao assunto, pois se eles crêem ser um destes o Nome do Altíssimo, coerentemente deveriam representá-lo em todas as suas ocorrências no texto traduzido, sem substituí-lo por qualquer outra palavra ou título.

Quanto ao argumento de que não existem outros deuses dos quais o Altíssimo tenha de ser diferenciado, isto simplesmente não é verdade. Existem milhões de ídolos adorados pela humanidade. O apóstolo Shaul (Paulo) observou: "Há muitos deuses" (1Coríntios 8:5; Filipenses 3:19 ). Naturalmente, existe apenas um Soberano Altíssimo, como Shaul disse a seguir. Assim, uma grande vantagem de usar o Nome do Altíssimo é que isso O mantém separado de todos os ídolos pagãos. Além disso, se usar o Nome do Altíssimo é inteiramente inapropriado, por que ocorre ele quase 7.000 vezes nas Escrituras Hebraicas originais?

Algumas traduções amplamente usadas que incluem o Nome, apesar de errado, são a tradução Valera (espanhol, publicada em 1602), a versão Almeida original (português, publicada em 1681), a tradução Elberfelder original (alemão, publicada em 1871), bem como a American Standard Version (inglês, publicada em 1901). Algumas traduções, destacadamente A Bíblia de Jerusalém, também usam consistentemente o Nome do Altíssimo, mas esta com a forma YAHWEH. A Tradução Brasileira (1917) usa a forma Jehovah e a tradução do Centro Bíblico Católico usa JAVÉ para o Nome do Altíssimo.

O caso de outra tradução, de J. B. Rotherham (em inglês), é interessante. Ele procurou usar o Nome do Altíssimo em sua tradução, mas preferiu a forma errada "Yahweh". Contudo, numa obra posterior (Estudo dos Tehilim (Salmos)) publicada em 1911, ele voltou à forma "Jeová". Por que? Ele explica: "Jeová - O emprego desta forma do nome Memorial (Êxodo 3:18) na presente versão do Saltério não provém de qualquer dúvida quanto a pronúncia mais correta ser JAVÉ; mas unicamente da evidência prática, pessoalmente selecionada, do desejo de se manter em contato com o ouvido e o olho público numa questão desta espécie, em que a coisa principal é o fácil reconhecimento do nome divino tencionado".

Nota-se com clareza nesta afirmação que o compromisso com a crença e o costume popular esteve sempre muito mais dominante do que o compromisso com a verdade escritural e com o Nome mencionado nas Sagradas Escrituras que afirmam: "Assim serei chamado e lembrado de geração a geração". - Êxodo 3:15

O Nome do Altíssimo e o Novo Testamento

Nenhum antigo manuscrito grego dos livros de ManYAOHU até Apocalipse, hoje disponível, contém o Nome do Altíssimo por extenso. Significa isso que o Nome não devia figurar ali? Isto seria surpreendente em vista do fato de que os seguidores do Messias reconheciam a importância do Nome do Altíssimo e que o Messias nos ensinou a orar pela santificação do Nome do Pai. Portanto, o que aconteceu?

Para entender isso, lembre-se de que os manuscritos das escrituras gregas cristãs que temos hoje não são os originais. Os livros originais escritos por ManYAOHU, Lucas e outros escritores bíblicos foram bastante usados e rapidamente se gastaram. Assim, foram feitas cópias e quando estas se gastaram, cópias adicionais dessas cópias foram feitas. Isto é o que devíamos esperar, visto que as cópias em geral eram feitas para serem usadas, não preservadas.

Existem hoje milhares de cópias das escrituras gregas cristãs, mas a maioria foi feita durante e após o quarto século de nossa era comum. Isto sugere uma possibilidade: Aconteceu algo com o texto das escrituras gregas cristãs antes do quarto século que resultou na omissão do Nome do Altíssimo?

Os fatos provam que sim.

Bem, alguns fragmentos muito antigos da Versão Septuaginta, que até mesmo existiam nos dias do Messias, sobreviveram até os nossos dias e é notável que o Nome Pessoal do Altíssimo apareça neles.

No terceiro século, Orígenes escreveu: "E nos manuscritos mais exatos O NOME aparece em caracteres hebraicos, embora não nos caracteres hebraicos modernos, mas sim nos mais antigos". Mesmo no quarto século, Jerônimo escreveu no seu prólogo para os livros de Samu-Ul e Reis: "E encontramos o Nome do Altíssimo", o Tetragrama, em certos volumes gregos mesmo até hoje, expresso em letras antigas.

Em cópias posteriores à Septuaginta, o Nome do Altíssimo foi removido e substituido por palavras como "Deus" (Theos) e "Senhor" (Kyrios). Sabemos que isso aconteceu porque existem fragmentos anteriores da Septuaginta em que o Nome do Altíssimo estava incluído e cópias posteriores dessas mesmas partes da Septuaginta em que o Nome do Altíssimo fora removido.

O mesmo ocorreu no "Novo Testamento" ou escrituras gregas cristãs. Não tardou até que a igreja gentia perdesse o Nome do Altíssimo exceto na medida em que era retratado nos substitutos abreviados ou lembrados por eruditos. Portanto, ao passo que os Yaohudim (judaicos) se recusavam a pronunciar o Nome do Altíssimo, a igreja cristã apóstata cuidou de removê-lo completamente dos manuscritos de língua grega de ambas as partes da Bíblia, bem como de traduções em outras línguas.

A Importância dos originais

Talvez você esteja perguntando: Mas não é verdade que toda a Bíblia foi escrita inspirada pelo Espírito Santo, e não contém erros?

A original, SIM! Repetindo, a original, SIM! Mas lembre-se, as Sagradas Escrituras que você tem consigo agora são apenas uma tradução improvisada, pelo homem, das originais. Saiba também que as pessoas que traduziram, a partir da original ou de outros documentos-fonte, tiveram suas próprias inclinações e influências religiosas!

Você pode se surpreender, mas todos os estudiosos da Bíblia sabem que Bíblias traduzidas não são aquelas referidas como "INSPIRADAS" e "motivadas pelo Criador". Estes termos referem-se apenas aos manuscritos originais ou autografias.

No que diz respeito à Bíblia, a original é sempre a MELHOR!

Veja na figura abaixo o Nome escrito nos caracteres hebraicos arcaicos, originais, num dos pergaminhos encontrados no Mar Morto:

Então o que fazer? Receber a verdade, que liberta! Buscar o conhecimento escritural original, que ao contrário do que possa parecer, é muito mais accessível do que se pode pensar. O amor pela verdade abre as portas para a verdade chegar até nós! Nós fomos avisados para continuar pedindo, continuar seguindo e continuar insistindo que nós podemos receber, que podemos encontrar, que a porta pode ser aberta para nós!

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