JERUSALÉM

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JERICÓ


A PORTA DOURADA


MURO DAS LAMENTAÇÕES

Monte das Oliveiras
(Visto do Vale do Cedrom)

Separado da Colina Oriental (o Monte do Templo e a Cidade de David) pelo Vale do Cedrom, o Mt. das Oliveiras tem uma característica importante, foi sempre citado, desde Jerusalém Do 3º milênio até o presente, esta colina serviu como um dos cimitérios principais para a cidade.

CAVERNAS DE QUMRAN


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Cidade de David

Foi construida numa faixa muito estreita (80-100m de largura). O lado oriental tem uma rampa íngreme de cerca de 60 graus. 
Embora menor e mais íngreme, e mais difícil para construção que a Colina Ocidental, foi escolhida para ser cidade por causa de sua fonte de água, a Fonte de Gihon.












Vista aérea (sul)

O Mt. Zion por ser maior que a Colina Ocidental era apontado por peregrinos bizantinos como sendo a Cidade original de David.
Evidências arqueológicas mostraram que esta colina só foi incorporada dentro das fortificações da cidade no 8º século A.C. com o nome tem stuck. O Vale de Hinnom limita esta colina em seus lados, ocidental e meridional 




Escavações

Descoberto pelo grupo de Nahman Avigad nos anos setenta, o Cardo judeu foi escavado em aproximadamente 200 metros. Esta porção data ao tempo de Imperador Justiniano na primeira a metade do 6º século. A.D. Uma porção anterior do Cardo foi construída no período pré romano, começa no Portão de Damasco moderno no norte, estendendo até o sul séculos depois.












Vista Aérea (Leste)
O Monte de Templo atual foi construído por Herodes o Grande, a construção começou em 20 de A.C. continuou durante 83 anos. Quando o projeto parou em 64 A.D resultou em revoltas e 18000 trabalhadores foram demitidos. O Monte de Templo é 1/6 do tamanho da Cidade Velha de hoje e cobre 35 acres. A construção desta plataforma retangular requereu encher uma grande parte do Vale Central.




Tumba dos Reis

Geralmente considerado a maior e mais bonita tumba em Jerusalém, a Tumba denominada " dos Reis " era o lugar de descansando final para a família da Rainha Helena no primeiro século A.D. Localizada 820 m ao norte da Cidade Velha mura, a tumba obteve seu nome dos primeiros exploradores que acreditaram que esta tumba magnífica alojou a dinastia de David.






JERUSALEM

Yeurushalaym, em hebreu antigo significa a "Cidade da Paz", a cidade santificada pelas três religiões monoteístas - judia, cristã e islâmica -, reivindicada por dois povos e habitada por quinze comunidades. A história da Cidade Santa data de aproximadamente 3.000 anos atrás, quando o Rei Davi fez dela a sua Capital.

Yerushalaïm: soa como murmúrio de folhas. No primeiro registro conhecido, numa placa de argila datada de 25 séculos antes de Cristo, letras cuneiformes abreviam-na para Salem. A próxima menção, Urushalim, 600 anos depois, foi encontrada em estátuas usadas por escribas egípcios para amaldiçoar inimigos, provavelmente os hicsos, que invadiriam o vale do Nilo.

Mais 500 anos e surge a terceira menção a Urushalim. Então, é um pedido de socorro do rei cananeu Abbi Hepa ao faraó Akhenaton: os jebuseus estavam chegando. E foram eles que Moisés e seu povo encontrariam dois séculos depois, quando fugiam da escravidão no Egito. Tão pequena, semidestruída, Jebus nem precisou ser conquistada. Foi, simplesmente, ocupada.

Urushalim, também Rushalimum, nasceu regada pela fonte Gichon ou Jorro, no cume de Ophel, a leste do vale de Kidron, que ainda hoje separa a muralha de Jerusalém do monte das Oliveiras. A água jorrava por 30 minutos, secando por até 10 horas. Mas dava para saciar até 2.500 sedentos.

A raiz IRW encerra a idéia de `fundamento' ou 'estabelecimento' e SALEM é a divindade cujo altar-sede estava na cidade. Em Gen. 14, 18 aparece apenas SALEM; o salmo 76, 2 desdobra a palavra e temos SALEM e SIÃO. O mesmo acontece no registro da carta 290 de Tell el-Amarna, onde se lê: `SALIM ou SULMANU. O Gênesis apócrifo diz taxativamente: `Jerusalém é Salém'.

O Novo Dicionário da Bíblia alinha a opinião de grandes autores sobre o significado do nome de Jerusalém. Alguns estudiosos afirmam que a primeira parte da palavra Jerusalém vem a ser `fundamento', enquanto que `Salém' significa `paz', portanto, temos em Jerusalém ` cidade da paz'.

Renascida depois de 25 vezes destruições, Jerusalém é eterna. À flor da terra santa, suas pedras brilham, douradas ao sol e prateadas ao luar. Sedimentos de 50 séculos de fé e paixão testemunharam a criação do primeiro homem, a morte e a ressurreição de Jesus, a epopéia dos patriarcas Abraão, Isaac e David, e a cavalgada de Maomé aos céus.

Pedras de calcário dolomita consagradas por três civilizações. Os judeus as veneram no Muro das Lamentações. Os muçulmanos as cultuam no rochedo rachado pelo impulso da ascensão de Maomé no Domo da Rocha, a Mesquita de Omar. E os católicos as reverenciam pela Via Dolorosa até o Santo Sepulcro. 

Na paisagem bíblica, surgem empilhadas, equilibradas, formando cercas. Os arqueólogos as reviram. Judeus ortodoxos e palestinos as atiram, como armas. E turistas as visitam. São muralhas, minaretes, sinagogas, igrejas e mesquitas. Dão cor e identidade a Jerusalém. Encarnam Jeová, Cristo e Maomé, petrificadas na Bíblia, no Talmude e no Alcorão, os guias oficiais da Terra Santa.

A alma de Jerusalém está cercada por 4,5 quilômetros de muralhas reerguidas em 1537 pelo sultão Suleiman, o Magnífico, no traçado original do século II, ao tempo dos romanos. Muros nunca a limitaram. Nem a protegeram.

Ao sabor dos conquistadores foram expandidos ou contraídos. Dentro, apenas um quilômetro quadrado - o bastante para conter a história das grandes religiões monoteístas. O judaísmo imperou de 1003 a.C. até o ano 70 d.C., e depois se intercalaram o cristianismo (de 300 a 638, e de 1099 a 1187) e o islamismo (de 638 a 1099, e de 1187 a 1917). Hoje convivem Maomé, Jeová e Cristo, mas o ar "é saturado com orações e sonhos" como a fumaça nas cidades industriais. A poluição da fé: "Difícil respirar" - diz o poeta israelense Yehuda Amichai.

Do Monte Scopus e do Monte das Oliveiras se tem a melhor vista da cidade velha de Jerusalém, toda cercada por muralhas, como nas cidades medievais. O Monte das Oliveiras já não faz mais juz ao nome. Poucas oliveiras são vistas no local. Aquela área faz parte da Jerusalém oriental, tomada dos árabes em 1967. Os camelôs do lugar fazem questão de só falar árabe, sentem-se ofendidos se alguém falar em hebraico e garantem que aquele território é palestino.

Do alto do Monte das Oliveiras vê-se o Vale do Cedron, onde na época de Cristo era um lugar imundo, com muito lixo e para onde eram mandados os leprosos. Vê-se uma das portas que dá acesso a Jerusalém, a Porta Dourada, que atualmente está lacrada. Segundo a tradição judia, o Messias irá entrar por aquela porta. Para impedir que isso aconteça, os árabes a fecharam... 

Aos pés do Monte das Oliveiras fica um cemitério judeu. Os judeus pagam uma fortuna para serem enterrados naquele local, pois acreditam que quando o Messias chegar, no Juízo Final, serão os primeiros a ressuscitarem.

Do Monte das Oliveiras vê-se em destaque, dentro da cidade velha de Jerusalém, o Monte Moriah, com a Mesquita de Omar, também conhecida como Domo da Rocha, com sua enorme cúpula dourada. O nome "Mesquita de Omar" é incorreto. Na realidade, Omar Ibn AlKhattab, o segundo califa, ao conquistar Jerusalém em 637, apenas identificou o local onde Maomé tinha subido aos céus, segundo a tradição islâmica. Foi o califa Abdel Malik Ibn Marwan, em 691, quem realmente construiu a mesquita. Para isso, durante 7 anos ele mandou buscar tesouros egípcios para pagar o ouro da cúpula dourada. A Mesquita de Omar continua sendo uma das edificações mais belas em todo o mundo.

No Monte Moriah, segundo o Gêneses, Deus criou o primeiro homem. E Abraão sacrificaria o filho Isaac, não fosse a intervenção de um anjo. Ainda aqui o rei Salomão construiu o Templo de um império que se estenderia do Eufrates ao Egito, em 1043 a.C., e do qual resta só a muralha ocidental, conhecida como Muro das Lamentações.

O CONFLITO

Jerusalém, que deveria ser a Cidade da Paz, apresenta um conflito insolúvel. Os judeus a fizeram sua capital, embora todos os países se façam representar por suas embaixadas em Tel Aviv. O Conselho Nacional Palestino - uma espécie de parlamento no exílio -, por sua vez, decretou, em 1988, Jerusalém como AlQods, em árabe "A Santa", e capital de um Estado palestino, que compreenderia a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Os árabes têm em Jerusalém a Esplanada das Mesquitas, junto ao Muro das Lamentações e temem que os judeus destruam aquele que é o terceiro lugar mais santo do islã, para reconstruir um novo templo.

Além disso, há o mundo cristão, que tem em Jerusalém alguns dos seus locais mais sagrados, como o Santo Sepulcro, a Capela da Ascensão, o Monte e o Horto das Oliveiras e a Via Crucis. A internacionalização de Jerusalém foi prevista pela ONU quando em 1947 fez a partilha da Palestina, dividindo o país em território judeu e palestino. Os judeus aceitaram a resolução da ONU, apesar das hostilidades do movimento sionista, porém os países árabes a recusaram totalmente, declarando guerra aos judeus.

Os judeus proclamam que a Terra Prometida lhes foi doada por Deus. Que isto está registrado nas Sagradas Escrituras. Os árabes, por sua vez, dizem que por causa da rebelião dos israelitas contra Moisés, durante a saída do Egito, tiveram como castigo o sofrimento de 40 anos no de-serto do Sinai e, por isso, não têm mais o direito sobre a Palestina.

O Corão é claro quando diz que "um dia toda a Palestina será dos muçulmanos" (21: 106113). Convém lembrar o lema dos grupos fundamentalistas islâmicos Hizbullah (Partido de Deus), no sul do Líbano, e Hamás (Entusiasmo), em Israel: "A guerra continuará até que Israel deixe de existir e até que o último judeu no mundo seja eliminado".

Para que seja efetivamente implantada a paz entre israelenses e palestinos, ambos os lados devem ceder um pouco. A ONU já tentou aplicar a máxima do Rei Salomão, que sugeriu partir a criança em dois pedaços, para solucionar a briga entre as duas mulheres que reclamavam o direito de ser a verdadeira mãe. Israel acha que é a mãe verdadeira, que a Jerusalém lhe pertence. Que, por isso, deve ficar "indivisível". Os islâmicos reclamam a "criança" pelos mesmos motivos. E a solução final parece estar cada vez mais distante, com nova rodada de sangue manchando o solo da Terra Santa.


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