Nos tempos bíblicos, a cevada foi muito mais cultivada do que atualmente, era o alimento principal dos pobres, porque tinha um valor comercial menor que o trigo (II reis 7:1; Apocalipse 6:6).

A importância da cevada como alimento começou a declinar no décimo sexto século, quando os fazendeiros do Oriente Médio começaram a cultivar mais o trigo para o alimento, porque variedades melhores do trigo se tornaram disponíveis. A cevada é plantada em dezembro, no começo da estação chuvosa.

O grão pode ser plantado no solo sem arar, por esta razão pode ser cultivado em lotes minúsculos, em áreas inacessíveis aos animais de tração. A cevada cresce em áreas demasiado secas para o trigo. Assim ver-se-á freqüentemente nas regiões semi-áridas, na borda da região desértica da Judéia, ao leste de Belém.

A cevada amadurece um mês antes do trigo (êxodos 9:32), ao fim de abril ou no começo de maio. Ao sol brilhante, Jesus olha campo maduro da cevada notavelmente branco, e compara-o com o reino dos céus (João 4:35).

A cevada é ainda hoje uma lavoura importante na vizinhança de Belém. Os pequenos lotes plantados ainda são colhidos à mão, como descritos no livro de Rute, um livro com muitas referências à cevada. As mulheres cortam os ramos de grãos, a seguir amarram-no em feixes para secar. Quando seca, a cevada é debulhada usando o equipamentos modernos, ou por pisadura de jumentos (Deuteronômio 25:4).

Boaz era um fazendeiro muito bem sucedido, a cevada era uma importante colheita de sua propriedade. Não há dúvida que o bem sucedido Boaz procurou honrar o senhor em seu trabalho diário; nós sabemos que deixou alguma grão para os pobres (Rute 2:2). Desta maneira Rute, uma estrangeira, pôde garantir o seu sustento.

O Israelita é instruído... "Quando fizeres a sega da tua terra, não segarás totalmente os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou o Senhor vosso Deus." (Levítico 23:22). Esta cevada é as primícias; o primeiro grão a amadurecer.

O Apostolo Paulo aplica essa analogia a Jesus (I Coríntios 15:23). A única oferta especifica de farinha de cevada ocorre no livro Números (números 5:15). Duas vezes o pão da cevada foi multiplicado; o grão trazido à Eliseu, e dado como o alimento para o povo; e a multiplicação dos pães de cevada, efetuada por Jesus (João 6:9).