BÁSAMO DE GILEADE
O balsamo de Gileade é familiar aos estudantes da Bíblia, o profeta Jeremias
menciona-o em dois versos:
"Porventura não há balsamo em Gileade? ou não se acha lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do meu povo?" (Jeremias 8:22)
Gileade, incluía o domínio dos amonitas e dos Amoritas entre o do vale do rio Jordão e as montanhas; a região estendia-se do rio Arnon (Wadi Mujib) até o monte Hermon (Jebel al sheik), o rio
Jaboque (rio Zarqa) esta no meio desse território.
Na divisão do território aos patriarcas, Gileade coube à meia tribo de Manasses (a outra metade permaneceu a oeste do rio de Jordão), de Rubens, e de Gade.
Na Antiguidade, grande parte de Gileade estavam cobertas de florestas. Estas florestas eram a extensão mais
ao sul do mundo onde crescia o pinheiro de Aleppo. Hoje, somente os vestígios destas florestas remanescem; um exemplo principal é o parque nacional de Dibbeen.
Em Dibbeen, a floresta é dominada pelo Pinho de Aleppo. Esta árvore é plantada extensamente no vale do
Jordão; nas áreas mais elevadas, os Pinhos são as árvores dominantes, mas o carvalho (cádula), o
pistácia (buttim), e a alfarroba (kharrob) também estão presentes.
Uma característica da floresta natural de pinheiros é a estratificação da vegetação; As árvores formam a
camada superior, a camada intermediária é dominada por duas espécies do genus Cistus; contudo, mais próximo
ao solo existem numerosas plantas, muitas delas na família das leguminosas, uma das características desse
tipo da vegetação é a presença de óleos essenciais.
Para quem visita Dibbeen em maio, após um dia quente, facilmente avista a resina perfumada nas plantas;
os vários aromas nativos combinam-se numa fragrância doce. Duas espécies de Cistus são comuns nessa floresta; sãoo distintos pela cor da flor; as grandes flores cor-de-rosa do "C. creticus", e as flores brancas e
ligeiramente menores do "C. salvifolius".
A resina de Cistus foi usada por milênios para produzir o incenso; também é usada na medicina para reduzir
inflamação na pele. Outras resinas provem do mastic, retirado de duas espécies de Pistácia. A qualidade a
mais elevada vem do "P. lentiscus"; outra resina presente, é do pinheiro de Aleppo.
A medicina da antiguidade, desses vegetais mais comuns, possivelmente extraia o Balsamo de Gileade; o uso
dessas resinas era desconhecido em regiões distantes de Gileade.
Novamente, o profeta cita o balsamo; "Sobe a Gileade, e toma bálsamo, ó virgem filha do Egito; debalde
multiplicas remédios; não há cura para ti." (Jeremias 46:11).
Isto indica que Gileade era uma fonte especial na medicina; porque Gileade foi escolhido como um local
melhor para colher o balsamo que áreas similares ao oeste do Jordão, Nós simplesmente não sabemos.
Não devemos negligenciar a possibilidade do profeta estar falando metaforicamente. É certo que os bonitos
Cistus, sejam o balsamo de Gileade, são muito raros hoje em dia devido à destruição sistemática
do tipo da floresta que os abriga.
Para assegurar-se de que as gerações futuras possam apreciar estes atrativos membros da flora, é necessário
serem protegidos. Isto pode ser feito somente preservando a floresta em que crescem.



"O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do seu mau tesouro tira o mal; pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca." (Lucas 6:45).
E.Mucheroni - 23/03/2006
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